Resident Evil 4:
O quarto filme da série Resident Evil já tem título e previsão de lançamento. Segundo o STYD, a Screen Gems, da Sony Pictures, quer lançar Resident Evil: Afterlife em 17 de setembro de 2010.
No começo do ano Paul W.S. Anderson - diretor do primeiro, produtor e roteirista dos três filmes - disse que já terminou a primeira versão do roteiro. As filmagens poderão acontecer em Toronto (que simulará cenários do Alasca) e a história envolverá, como continuação imediata do terceiro filme, cenas em Tóquio.
Ainda não há um diretor contratado.
Harry Potter eo Enigma do Príncipe.
Harry Potter e o Enigma do Príncipe é o mais sombrio de todos os filmes da série e, por consequência, o mais adulto. Yates empregou o drama na medida certa, usando o romance juvenil – mas nada infantil – dos personagens como uma perfeita quebra para o clima sufocante que acompanha o longa. A tensão é um dos trunfos. Boa parte dos minutos iniciais é dedicada aos conflitos, revelações, angústia e medos dos personagens. A trama é apresentada com competência pelo roteirista Steve Kloves. Cabia a ele a difícil missão de adaptar uma história com revelações e artimanhas importantes para conduzir a trama até sua parte final sem alterar profundamente uma história lida por milhões de pessoas ao redor do mundo. Kloves foi corajoso. Alterou partes importantes da narrativa de J. K. Rowling, retirou detalhes de certas sequências para torná-las mais dinâmicas, apressou o passo em determinadas passagens e se conteve em outras. Além disso, preferiu suprimir certos detalhes. Sabe-se que escolheu transferir para o sétimo filme acontecimentos do início do sexto livro. Mas, acusar Kloves de acabar com a essência de Harry Potter e O Enigma do Príncipe é um grande engano. O roteirista, pelo contrário, soube captar toda a essência da história para torná-la cinematograficamente atraente e reveladora. Suas opções deixaram o filme redondo, adaptando de forma competente a história escrita por Rowling para uma linguagem totalmente diferente à das palavras escritas. Como narrativa para cinema, Kloves fez um grande trabalho e deixou a história com a fluidez necessária para que Yates a dirigisse. E ele não decepcionou. Depois de comandar o quinto filme da série, Yates retorna mais maduro. Constrói o necessário clima sombrio e sufoca o espectador sempre que julga importante fazer com que o público se sinta mais próximo dos personagens. Assim, utiliza planos mais fechados, câmera vibrante quando esse recurso se mostra cabível, além de imprimir certa irriquietação em algumas tomadas, fazendo a lente funcionar como o olhar perdido de quem sente o perigo próximo, mas sem saber onde ele se encontra. Assim como Kloves, Yates mostra-se confiante em suas escolhas, o que resulta em um ótimo trabalho de direção. Soma-se a isso o bom serviço que desempenhou na direção dos atores, que mostram grande entrosamento e apresentam a melhor performance de todos os seis filmes. Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson chegam à maturidade em termos de atuações. Mais expressivos, convincentes, e demonstrando melhor as emoções de seus personagens sem cometer exageros nas feições, além de contidos nas caretas, o trio principal garante bom desempenho tanto nos momentos mais descontraídos do longa, principalmente nos que apresentam os relacionamentos amorosos de cada um, quanto nos momentos de maior carga dramática. Michael Gambon (Dumbledore), Alan Rickman (Snape) e Jim Broadbent, que interpreta o novo professor de poções, garantem o brilho do elenco adulto. E quem surpreende nos poucos minutos que aparece é Hero Fiennes-Tiffin, que interpreta Voldemort na época em que ele ainda era aluno da escola de magia e bruxaria de Hogwarts. O menino consegue provocar frio na espinha dos mais desprevenidos. O Enigma do Príncipe põem fim à infância de seus personagens. Os estudantes têm ciência do complicado momento pelo qual o mundo mágico atravessa. A morte ronda os muros protegidos da escola e as brincadeiras de criança ficaram para trás. Quando podem se dar ao luxo de não estarem preocupados com o momento perigoso pelo qual atravessam, os estudantes descobrem o início da vida amorosa adulta: novas experiências e confusão de sentimentos. Paixão, raiva, dor, ciúmes, tudo que cabe àqueles que descobrem essa nova fase da vida. E as poções que os alunos tomam e os colocam em estado de transe funcionam como uma espécie de droga mágica, ou seja, um período de experimentação em todos os sentidos, típico da adolescência. Tanto a história, quanto a maneira como ela foi contada, fizeram deste Harry Potter o mais interessante de todos. Entre as qualidades de O Enigma do Príncipe também estão a charmosa direção de arte e o figurino clássico nada exagerado de Jany Temime. Parecem palpites certos para o próximo Oscar, assim como os efeitos visuais. Alan Rickman, interpretando Snape com o cinismo de sempre, mais uma vez compõe seu personagem com exímia perfeição. E Jim Broadbent, intérprete do professor de poções Horace Slughorn, brilha em cena. Seu personagem, a cada sequência, cresce em importância e Broadbent incorpora o espírito assustado e amedrontado de uma pessoa experiente e que sabe de coisas com as quais não consegue conviver em paz. Se o ano continuar fraco, quem sabe não sobre uma vaga entre os coadjuvantes na temporada de premiação. Harry Potter e o Enigma do Príncipe é o melhor da série. A história ficou muito mais atraente e a equipe do filme desenvolveu um trabalho impecável em muitos aspectos. Se os fãs provavelmente saberão reconhecer essas qualidades, não parece improvável que o sexto longa da saga receba também um sempre bem-vindo retorno positivo da ainda distante temporada de prêmios. A era do gelo 3.
Ao insistir em uma mesma fórmula pela segunda vez consecutiva (uma fórmula que, convenhamos, já nasceu repetida), o diretor Carlos Saldanha e os roteiristas Michael Berg e Peter Ackerman obviamente não pensavam em atingir novos limites com esta segunda sequência de A Era do Gelo. O que eles e a Fox queriam era só um faturamento grandioso, para deixar a todos (eles) um pouco mais ricos. Então, pouco importava se o resultado final saísse medíocre. Pois é o que acabou acontecendo. Este aqui é o mesmo filme que já assistimos duas vezes e, se antes havia uma sensação de diversão pura proporcionada pela simplicidade de um roteiro e personagens cativantes, isso não resiste a mais uma visitação, pois "O Despertar dos Dinossauros" parece ser mesmo um capítulo do desenho feito para a televisão. Só que muito bem produzido.
Todos os personagens estão de volta, e as vozes são as mesmas (o que quer dizer que a versão dublada vem com os mesmos sotaques regionalistas que certamente não agradarão a todos). Agora Sid encontra três bebês dinossauros construídos em uma aparência adorável, quase ridiculamente adorável, que clama pelo “ooooooohh” de seu público. E a turma toda vai parar em um vale rico em fauna e flora, sob o solo congelado (não há referências ao degelo visto no segundo filme, mais uma prova do descuido da produção), onde há um mundo novo e excitante de dinossauros, fazendo-nos sentir em uma versão infantilizada de Jurassic Park. A mesma estrutura narrativa do primeiro filme é utilizada: nossos heróis devem atravessar um vale lotado de perigos para, desta vez, resgatarem Sid.
O filme tem aquele cacoete irritante de ter cenas gratuitas feitas para os cinemas 3D – uma moda que veio para ficar, felizmente e infelizmente. Você verá um bocado de planos em primeira pessoa e outros vai-e-vens de câmera que não existiam antes. Claro que este é um pormenor, mas serve para ilustrar novamente o fato do filme ser feito não em cima do roteiro, mas sim da necessidade dos produtores faturarem mais dinheiro. Em relação ao visual, se no primeiro filme da série era simplista e quase aborrecido (o que pelo menos pouco atrapalhou na qualidade da obra), e se no segundo ele continou simplista, mas ganhou gracejos técnicos impressionantes, agora, apresar de não ocorrer a mesma evolução de antes, visualmente não deixa de ser um filme rico que, no mínimo, não faz feio perto dos concorrentes óbvios – Pixar e DreamWorks.
Há, novamente, várias referências sutis (e outras nem tanto) a filmes famosos e/ou clássicos, que o grande público não notará, mas que servem para trazer um pouco de diversão a quem conhece cinema, espectadores mais propensos a se entediarem com a fórmula desgastada. Em entrevista, o diretor Saldanha disse que foi seu último filme frente à série, pelo menos como diretor. Ele acha que o ciclo dos personagens fechou e, se for feito um quarto filme, deve haver uma renovação na série. Será mesmo? Todos os elementos que agradaram o público e trouxeram arrecadações de blockbuster (sobretudo ao segundo filme) estão de volta em um nível maior. O próprio esquilo Scrat ganhou um tratamento muito melhor, quase um filme dentro do filme e, apesar de suas piadas serem sempre óbvias, é difícil não abrir um pequeno sorriso aqui e acolá. Já os outros personagens têm suas personalidades virtualmente idênticas aos filmes anteriores. Os conflitos pelos quais passam não são suficientes para fortalecê-los e dar-lhes uma nova dimensão, algo já esperado.
A utilização dos dinossauros traz um tom mais grandioso à aventura, sem dúvida, e ver o T-Rex (e o gigantão no dispensável duelo final) é deveras divertido, mas a riqueza do roteiro está na interação entre os amigos, que passam por dúvidas e questionamentos pertinentes e válidos para as crianças. Apesar de muitos falarem que há conteúdo adulto nas entrelinhas – uma justificativa frágil para tentar levar alguns marmanjos a mais ao cinema – o filme é feito basicamente para os infantes, e pode ser recomendado a eles sem restrições, pois não lhes interessa a qualidade da obra como cinema. Já para quem procura algum conteúdo a mais e não é especialmente fã dos filmes anteriores, pode muito bem dispensar esta pequena grande aventura feita para preencher duas horas do público durante as férias escolares, e esperar o final da temporada para procurar vida mais interessante nos cinemas.